O que é...?  

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O que é... Música Erudita?


Erudito vem de instruído, estudado. É uma música estudada na forma e estilo.
A Música Erudita também pode ser chamada de Música Clássica.

Os mais tradicionalistas dizem que música clássica faria referência apenas à música do período clássico (entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX).

Por curiosidade, é bom saber esse pormenor, mas hoje em dia se usam os dois termos - erudita ou clássica, com o mesmo significado.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791)  

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Afinal, quem foi Mozart?

Mozart nasceu no dia 27 de janeiro de 1756, em Salzburgo, na Áustria. (Salzburgo = cidade de sal).
Foi batizado com o nome de Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, mais tarde, Wolfgang Amadeus Mozart. O amado de Deus, pela tradução de Amadeus; e o amado de Deus, segundo os estudiosos e admiradores, pela qualidade de suas músicas, que teriam sido ditadas a ele por Deus, para que a música celestial fosse ouvida na terra...

Aos 3 anos de idade Mozart já demonstrava publicamente o interesse pela música, e aos 4 já rabiscava suas primeiras composições. Aprendeu a tocar vários instrumentos sozinho, tendo dominado completamente todos os que se aventurou a aprender.

Algumas passagens:

(...) O pequeno Wolfgang queria tocar violino com um trio formado por seu pai (Leopold), o violinista Wentzl e Schachtner; e Leopold, logicamente, disse que não:

“Wofgang começou a chorar amargamente, e foi se retirando com pequenos passos, com seu pequeno violino na mão. Comovido pela dor do menino, roguei então, que o deixassem tocar comigo; então seu pai disse: “bem, está certo. Toque com o Sr. Schachtner, mas tão baixinho que eu não ouça; do contrário, terá que ir embora imediatamente”. Assim se fez, e Wofgang tocou comigo. Muito rapidamente percebi, com estupor, que eu estava sobrando. Suavemente, deixei meu violino e olhei para o pai dele, que chorava de admiração”. (...)

Suas proezas eram tão admiráveis, que seus próprios contemporâneos duvidavam de muitas coisas que ouviam sobre ele. E não demorou muito para ser reconhecido como um menino prodígio.

"...Somos tomados do mais profundo pasmo quando vemos um menino de seis anos sentar-se ao cravo e o ouvimos não apenas tocar os mesmos concertos, trios e sonatas de maneira adulta, sem nenhum traço de infantilidade, mas também o ouvimos improvisar de sua própria cabeça, durante horas a fio, ou ler à primeira vista, e executar, o acompanhamento de sinfonias, árias e recitativos, em concertos...
Mais ainda, quando ele foi colocado em um outro aposento, e notas isoladas eram tocadas, não apenas ao teclado, mas em qualquer outro instrumento, e ele no mesmo instante dar o nome da nota. Na verdade, quando ouve um sino tocar ou um relógio bater, ou mesmo soar um relógio de bolso, é capaz de identificar a tonalidade de imediato. Dadas umas poucas notas de uma melodia, ele conseguia reproduzí-la e em seguida encaixar diretamente o baixo, o que sempre faz de forma belíssima, excelente e precisa, de tal forma que ficamos boquiabertos..."

Jornal de Augsburgo de 1763

Boa resposta...  

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Haydn, amigo de Mozart, também músico e considerado o pai da sinfonia clássica, foi posto certa vez em uma situação embaraçosa, da qual, porém, saiu-se extremamente bem:

-- O senhor não fala muitas línguas não é Sr. Haydn?
-- Não..., mas a que eu falo, o mundo todo entende.

Fidelio - Abertura (vídeo)  

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Abertura de Fidelio, nas mãos de Harnoncourt.

Particularmente, gosto quando aos 2'31'' o sopro entra quebrando o clima de tensão; e o grande final a partir dos 6'20''.


Abertura (continuação)  

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Quando Mozart estreiou "A Flauta Mágica" foi tomado de um total desespero.
Tinha medo que sua ópera fosse rejeitada, e queria ir embora ainda no final do I ato. Questões passadas estavam envolvidas.

A estréia se deu num teatro de bairro (Theater auf der Wieden, Viena) a 30 de setembro de 1791.
O mesmo ano da morte de Mozart, nos seus poucos 35 anos...
Embora tivesse todo esse receio, a ópera foi um sucesso, e provou que mesmo o povo mais simples, sabia perceber o que era uma boa música.
Mozart regeu a ópera estando ao cravo, de onde tocava e regia ao mesmo tempo.

A Flauta Mágica é hoje, considerada por muitos, a maior obra de arte da civilização ocidental.

O final dessa primeira apresentação termina com um Mozart cheio de lágrimas, escondido, pois não queria sair para receber os cumprimentos; foram Süssmayr e Schikaneder que o pegaram, um em cada braço, e levaram-no para o palco.




Em Sol Maior  

Posted by Cassiano

Seja bem-vindo(a) à minha modesta sala virtual de concertos.

Espero que gostem e apreciem este espaço.

Um abraço!